Consumidores e empresas de diferentes segmentos já estão implementando tecnologias transversais que afetam a sociedade de variadas maneiras. Mas como recursos como Inteligência Artificial, Realidade Aumentada ou Gêmeo Digital podem ser aplicadas ao setor de utilities e serviços públicos essenciais? Veja a seguir como essas tendências estão impactando o setor.

1. Conectividade de Ativos

A ascensão da conectividade entre ativos na indústria de utilities é impulsionada pela integração de dispositivos inteligentes (também chamados de ativos inteligentes) e pela gestão de dados em larga escala. Isso inclui medidores e dispositivos IoT que permitem uma melhor visibilidade e tomada de decisões baseadas em dados para manutenção, monitoramento de redes e aprimoramento dos serviços. 

2. Automação Operacional

As inovações em robótica, drones e veículos autônomos estão revolucionando a manutenção e o reparo de utilidades, reduzindo riscos para os colaboradores (que podem trabalhar remotamente evitando situações inseguras) e diminuindo os custos operacionais. Soluções como inspeções aéreas não tripuladas e detecção automatizada de defeitos em ativos melhoram a eficiência e aceleram a identificação de problemas. 

3. Inteligência Artificial

A rápida digitalização está gerando grandes volumes de dados para empresas de serviços públicos. O uso de soluções baseadas em IA permite insights mais acertados para manutenção preditiva, previsão de demanda e otimização da rede, auxiliando na gestão eficiente dos ativos. 

4. Utility Descentralizada

Muitas concessionárias já recorrem a tecnologias preditivas de monitoramento e manutenção de ativos baseadas em risco. No entanto, algumas empresas continuam dependendo de estratégias tradicionais de gestão de ativos programadas ou reativas, que exigem uma grande força de trabalho e não conseguem prever problemas. Isto afeta especialmente o setor de serviços de energia, levando a lacunas e desequilíbrios de carga. A disponibilidade de fontes de energia e dispositivos de armazenamento descentralizados e a sua gestão adequada são necessários para superar essa deficiência. 

5. Gêmeo Digital

O digital twin traz a representação dos ativos físicos, permitindo previsões, automação e integração de dados para melhorar a eficiência operacional. Ele oferece uma visão unificada dos ativos, facilitando simulações e manutenções. 

6. Mapeamento de Ativos

As empresas de utilities precisam de mapas claros de seus ativos para acompanhar as operações diárias, bem como reconhecer oportunidades de melhoria e expansão. As inovações nos sistemas de informação geoespacial (GIS) transformam-no num sistema que cria acesso fácil aos dados de ativos com capacidade de integrá-los com sistemas de gestão pela web. Esse mapeamento melhora a visibilidade da rede de distribuição, a flexibilidade das operações e otimiza os planos de desenvolvimento. 

7. Tecnologia Imersiva

Soluções baseadas em AR e VR (Realidade Aumentada e Realidade Virtual) apoiam a formação e a orientação dos operadores para inspeções, manutenção e segurança de ativos. Óculos, capacetes e outros dispositivos vestíveis auxiliam os trabalhadores em gestão de ativos, instruções de trabalho, treinamentos, gerenciamento de fluxo de trabalho, operações e segurança.  

8. Resiliência da Rede

O risco de danos aos ativos, seja por condições ambientais ou ações maliciosas, é difícil de monitorar devido à enorme infraestrutura dos serviços das utilities. Para manter a entrega desses serviços aos consumidores, a indústria busca desenvolver soluções de rede robustas e resilientes. Tais soluções permitem que as concessionárias retomem rapidamente as operações normais após danos em qualquer parte da rede. A gestão da vegetação é uma abordagem significativa nessa inovação, assim como o aumento da segurança contra ataques cibernéticos. 

9. Descarbonização

Empresas buscam integrar tecnologias de baixo carbono na infraestrutura existente para cumprir metas de redução de carbono de órgãos reguladores, investidores e clientes. Para isso, as empresas de utilities procurarão aumentar despesas de transmissão e distribuição para acomodar a expansão de veículos elétricos (VE), recursos energéticos distribuídos (como armazenamento solar e de bateria), dispositivos domésticos inteligentes e outras tecnologias. Isso se aplica a clientes residenciais e aos domínios comercial e industrial. 

10. Descentralização

Esse modelo, que posiciona as fontes de energia próximas aos locais de consumo, otimiza o uso de fontes renováveis (como solar e eólica), reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e melhorando a eficiência ecológica. No caso da microgeração distribuída, é possível que indivíduos e pequenas empresas gerem, armazenem e até vendam sua própria energia, facilitada por tecnologias como smart grids e baterias. O desenvolvimento de plantas nucleares menores e mais seguras, mais próximas dos centros de consumo, também é uma forma de descentralização possível. 

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